O primeiro ultra-som

Quando fomos às neuvola pela primeira vez, ela já marcou as próximas consultas e também o primeiro ultra-som. Que deveria acontecer entre as semanas 12 e 13 de gestação. Justamente quando estaríamos no Brasil, em uma viagem já programada há muitos meses. 

Voltaríamos para a Finlândia poucos dias antes da 13a semana acabar e então eu deveria fazer o ultra-som logo que retornasse. Ficou marcado para dois dias após o retorno. E naquela semana o Kimmo estaria viajando a trabalho, não poderia ir comigo. Fiquei bem chateada ( e ele também), pois era muito importante pra gente poder ver nosso baby juntos, pela primeira vez. Estarmos juntos nesse momento tão especial. Então, marquei logo um ultra-som particular numa clínica em Santos, que aconteceria no dia dos pais no Brasil! OBA!

Fiz tudo por whatsapp e minha conversa com a atendente foi um tanto maluca, pois eu não tinha a maioria das respostas para as perguntas dela. 

"Um feto ou mais?" 
"Então, eu não sei, vocês quem vão me dizer hahaha!" 
" Como assim??? Até a 12a semana, você não terá feito nenhum ultra-som antes? Como sua médica confirmou a gravidez?" 
"Ainda não foi confirmada. Eu só fiz o teste de farmácia, to querendo muito esse ultra-som para vocês me dizerem se tem nenê mesmo aí ou se estou ficando louca!". 

No dia dos pais no Brasil (é outra data na Finlândia), um domingo às 7h30 da manhã, estávamos nós dois lá na clínica Mult-Imagem. Realmente não tinha mais ninguém, estava deserto. Que nervosismo! Fomos chamados e haviam duas pessoas, a médica sonografista e uma enfermeira anotando tudo que ela lhe falava.

Já de início eu estava nervosa. Levantar a blusa, abrir o zíper e deixar a barriga exposta... todas essas coisas sempre me deixaram muito nervosa. "Que besteira!!! Em breve, você vai ter um BEBÊ!!!" Mostrar a barriga será a última coisa nos meus pensamentos. É, eu sei. Não precisa dizer. Mas ainda assim... o sentimento existe! E eu o aceito e trabalho com ele. Não adianta nada pensar que é "ridículo, besteira ou bobagem". Isso apenas reforça o medo e o pensamento de que "o que eu sinto não está certo ou não é normal". Respiro fundo, visualizo coisas positivas e vou assim mesmo.


Ela perguntou da data da minha menstruação para calcular a idade gestacional do feto e me informou que estava "2 dias atrasado" em relação à minha data. Mas que não era nada estranho.

Assim, consegui controlar um pouco da tremedeira. E logo ela colocou aquele gel gelado na minha barriga, olhamos para a "tv" e apareceu... um nenê! Um etezinho humano! Que realmente estava ali! Que inacreditável. De mãos dadas, a gente olhou aquele ser se movendo, levantando um bracinho. Surreal! Mal parecia que estava dentro de mim, pois eu não sentia nada com seus movimentos (logicamente!).

A principal palavra pra este momento (e sinceramente toda a gravidez) é "surreal". E vocês vão me ouvir falar isso em praticamente todos os posts que escreverei! Não há nada que descreva melhor tudo que tenho sentido desde o início.

A empresa em que fizemos o ultra-som nos presenteou com uma foto de graca caso fizessemos um ensaio gestante em um certo estúdio, além de disponibilizar tudo online. Os dados, as medidas do feto e etc. Para que levássemos ao nosso médico. Como é comum no Brasil.

Duas semanas mais tarde, teríamos outro ultra-som, desta vez em terras finlandesas. O primeiro oficial do nosso pré-natal finlandês. Em breve mais relatos dessa jornada e de tudo que estamos vivendo por aqui!




Comentários

Postar um comentário

Procurando uma esmeralda? Que tal aqui?

Postagens mais visitadas deste blog

Trago seu amor em 7 dias...

A cirurgia para tratar o aneurisma

Uma virada em Aldeia da Serra