Contagem regressiva - O quinto mês
O quinto mês - O verão e a questão da amementação

Percebo agora que continuar a escrever esta série de lembrança é mais desafiador do que eu havia esperado. Não apenas pela assiduidade necessária (promessa de um post por dia), mas por todo o conteúdo, todas as experiências vívidas. Além de olhar para bons momentos, me perder nas fotos e na gostosura da pequena, é mergulhar em sentimentos as vezes confusos e as vezes negativos. 

Eu sempre desejei tudo natural. E queria muito amamentar, criar essa conexão com a minha filha. O início havia sido bem difícil e dolorido. Meus seios incharam demais e o leite só veio após uns quase 7 dias do nascimento dela. Eu já estava ficando preocupada! Ela havia nascido bem pequena e não conseguia pegar o seio direito. Era uma batalha, além de dorminhoca, ela não pegava direito. Mas aos poucos fomos nos ajeitando e conseguindo entrar em um ritmo. E tinha algo que eu mantinha em segredo... toda vez que iniciava a amamentação, no primeiro e segundo minutos, eu sentia uma depressão e ansiedades profundas. Algo totalmente fora de caráter. Eu já tinha sentido isso durante a gravidez, em episódios curtinhos que duravam cerca de 10 a 15 segundos, mas que me deixavam um pouco desestabilizada. Não tinha motivo, não tinha gatilho.


Ufa! Este relato acabou saindo mais longo do que eu tinha imaginado! Mas foi importante, foi a primeira vez que eu realmente optei por compartilhar isso "em público", em algum espaço como este blog. E foi justamente nessa época, que eu descobri o motivo para o meu sofrimento momentâneo, que me possibilitou reorganizar a mente e fazer as pazes com a amamentação e com meu corpo. Afinal, eu me sentia muito culpada antes. Por que só eu não conseguia sentir essa alegria incrível ao amamentar meu bebê?
O quinto mês foi repleto de picnics. Repleto de carinho com as amigas e dias de sol sentadas em parques, jogando conversa fora, comendo gostosuras e curtindo nossas bebês. Na época, a Cecília só tinha amiguinhas. Nenhum amiguinho.
Eu já havia ido sozinha na neuvola uma ou outra vez, enquanto o Kimmo trabalhava. Mas por causa da pandemia, eu não tinha tido a chance de sair de casa sozinha mesmo com a Cecília. Para alguma atividade juntas. E os picnics foram as primeiras vezes. Nossa, quanto receio! Primeiro as escadas do primeiro apartamento. Depois o medo de pegar um ônibus no meio desse caos pandêmico. Todo início para mim é sempre difícil e isso não foi diferente, um medo de estar fazendo tudo errado... Mas, como sempre, tudo deu certo. E depois do medo inicial, é só alegria e curtição (e orgulho "eu fiz sozinha").

Passamos também muitos dias ido e vindo da casa de Kuru, local onde nasceu e cresceu meu sogro. Ninguém mora lá, mas a casa é mantida por toda a família (Meu sogro e seus 8 irmãos e todos os filhos e netos - e bisnetos!). É muito legal ir à Kuru, curtir a natureza ( a casa é meio que no meio do nada) e ter sempre gente nova para conhecer, familiares que resolveram curtir um pouco por lá também.
Nos mudamos para o novo apartamento nos primeiros dias de julho e aproveitamos dias maravilhosos na varanda. Café, livros e bebê no carrinho para as sonecas na varanda.
Amanhã retorno com o sexto mês! Como está passando rápido!
Confira os outros posts da série Contagem regressiva para o aniversário da Mustikka:
Confira os outros posts da série Contagem regressiva para o aniversário da Mustikka:
O primeiro mês
O segundo mês
O terceiro mês
O quarto mês
O sexto mês
O sétimo mês
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Eu, treinando para gemêos no futuro! HAHAHA |
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Perto do local que eu fazia yoga ao ar livre! |
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Cecília curtindo um laguinho! |
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Caminhadas em família por locais abertos |
Foi muito bom seu relato de hj. Talvez tenha ajudado alguma mãezinha que tem o mesmo problema que vc teve. Assim, compartilhando experiências ajudamo-nos uns aos outros. Parabéns pela iniciativa! Delícia rever as fotos. Obrigada
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