São Paulo. Finalmente????

Esta semana minha atenção está focada em uma coisa: a mudança para São Paulo. Há malas pela casa toda, caixas com livros, louça, bugigangas e coisas que eu nem lembrava mais que possuía. E continuam aparecendo coisas de todos os cantos possíveis de meu minúsculo apartamento de um quarto em Santos. Parece impossível...

Depois de anos morando sozinha, em meu próprio espaço ( e com meu namorado) volto a morar em uma republica. Ter preocupações com meus colegas de apartamento, em dividir espaços comuns, onde certamente cada um irá querer de um jeito. E enfim, ter meu cantinho, meu pequeno espaço nesta cidade tão grande e tão caótica, mas que será meu novo lar pelos próximos anos. 

Na Terça-feira, feriado no estado de São Paulo, colocamos tudo em dois carros e subimos a serra para meu novo lar. Fui no carro com minha mãe, e meu Papassinos, Felipe e Mauri no outro. Eles chegaram antes e já colocaram tudo no quarto. Quando chegamos a casa já estava uma zona, com todas aquelas caixas e malas jogadas em qualquer local do quarto. Nos ajudaram, e logo, quase tudo que eu possuía estava lá, naquele quarto gelado. 

Meus tios estavam lá para ajudar e me receber. Entao, havia barulho, animação, celular tocando e gente falando pelos cotovelos. Eu não estava nervosa. Estava tudo bem. Almoçamos juntos no Shopping Paulista, resolvemos algumas coisas do apartamento, assinamos contratos e logo chegou o momento deles retornarem a Santos. Deixarem a mim e meu irmão naquele apartamento gelado em São Paulo. 

Já na despedida, antes deles partirem, eu já me sentia um caco. Algo que pode parecer estranho para alguém que já morou em tantos lugares, que adora mudar de ambientes e que vive dizendo que é uma parte nômade. É. Mas eu realmente estava um caco ao vê-los ir embora, ver a casa escura, meu irmão enfurnado em seu quarto. Um apartamento de republica, quase sem moveis, totalmente imerso na escuridão e meu quarto, único ambiente claro, bagunçado, vivido. Não sabia onde estavam as coisas que queria usar no momento, não sabia o que fazer para passar o tempo. Não tendo armários nem para poder arrumar minhas coisas. 

Brinquei no iPad, e pouco depois o Felipe entrou para conversar comigo. E eu chorei. Chorei mesmo, com a mudança toda, com a sensação de que estou regredindo ao invés de progredir, de saudades do meu namorado e dos meus gatinos, que ficaram na cidade praiana. E sei lá mais porque. 

Esta sensação é boa também, o medo, a incerteza e a saudade. Achonque é por isso que me considero meio nômade, por gostar um pouco deste medo, deste aprendizado... Ao menos depois que ele passa, gostar de saber que o senti.

Será que alguém pode entender algo assim, tão paradoxal? 


Comentários

  1. Pela foto até que não está tão bagunçado. Eu vivi a maior parte dos meus 45 anos em São Paulo. Estudei aí perto do Shopping Paulista. Já andei muito por esse local. Já trabalhei aí perto. E morei perto também. Agora estou aqui no Japão, um pouco longe. Já faz 14 anos que estou aqui sem voltar pra São Paulo. Tomara que você tenha muitas felicidades aí com sua família e amigos.

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  2. Nadja...será que o seu medo é por alguma incerteza? Vc tá morando numa república agora? Quais são as suas metas? Tem alguma coisa a ver com seu relacionamento? São perguntas pessoais que só vc pode ter a resposta...É só um lugar pra vc ficar durante a semana e lá em Santos é que está o seu porto seguro, pra onde vc volta porque lá está parte da sua vida. Se isto está bem definido pra vc, não tem o que "temer" e só dar um tempinho pras coisas se ajeitarem no seu quartinho. Bjs

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  3. querida, não to nem podendo falar muito de mudança...vc sabe como anda a minha vida.
    Mas por mais que a gente ache o contrário, é impossivel regredir. cada passo é um passo pra frente, mesmo que agora não pareça.
    pense nas oportunidades, nas novidades, no aprendizado e nas aventuras que estão por vir.
    E vá ja comprar os eu armario... pq ninguém merece, né???

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