Querendo melhorar

Eu já tinha alguns posts quase prontos para o blog. Sobre meu Natal e Ano Novo e também sobre as preparações para meu mês de férias em Buenos Aires. Mas estou sem cabeça para isso. 

Há pouco mais de uma semana, numa madrugada de quinta para sexta-feira comecei a sentir o princípio de uma alergia no corpo. Não conseguia dormir de tanto que coçava, inicialmente achei que poderia ser pulga que meus gatos deveriam ter pego em algum momento. Tirei os lençóis e acendi a luz... Meu corpo inteiro estava vermelho. Pernas, braços, tronco. Tudo. Nenhum sinal de picada. E meus gatinhos sem a menor coceira. Troquei o pijama, a roupa de cama. Nada de melhoria. Então, 5h30 da manhã fui ao pronto socorro perto de casa, estava com medo de não conseguir ir trabalhar naquela sexta-feira. 

E não conseguiria mesmo. No pronto socorro, essa alergia misteriosa só piorava e tomei diversos remédios e injeções. Depois estava num taxi, toda grogue, indo para casa. Dormi, descansei. O medico que me atendeu havia me dito que os remédios logo fariam efeito, mas que em geral eu poderia piorar no dia seguinte. Então, se isso acontecesse, eu não deveria me preocupar. Ok. 

Eu nunca tive alergia a nada. Praticamente nada. E naquela semana não havia feito nada de diferente para ter uma reação forte como aquela. À noite, o Felipe veio de Santos para cuidar de mim. Me manteve ocupada e mais leve. No dia seguinte tentei aguentar tudo que o medico disse que poderia acontecer, que poderia piorar. Mas de fato, a alergia estava muito pior, se espalhando com muita rapidez e os remédios receitados não me aliviavam mais em nada. Meia noite e fomos novamente ao pronto socorro. Novos médicos, novos remédios e novas injeções. Nada de melhora. Esperamos mais de trinta minutos para ver os resultado dos remédios administrados e preocupado, o medico aumentou a dose até que eu começasse a sentir os efeitos. E o cansaço. 

Mais dois dias e eu parecia bem. Pouco incomodo, pouca coceira, remédios a cada 6 horas e rumo ao trabalho. Consulta com um alergologista marcada para quarta-feira. Eba! Dia da consulta e meu corpo parecia ter se recuperado bem e o medico fez apenas os exames de rotina. Pediu que voltasse na sexta-feira. Um dia antes e eu, no trabalho, não rendendo nada. A coceira voltando, a vermelhidão se espalhando novamente e meu coordenador preocupado me pede que vá para casa descansar. É o tipo de coisa que num momento desses você deseja e não deseja ouvir. Sim, eu precisava realmente me tratar, mas ser dispensada por não ter condições de exercer minha função parecia um tapa na cara. Conversamos e ele expressou sua preocupação com minha mente, se isto tudo não seria alguma reação psicológica, por eu estar tão cansada ou qualquer coisa do tipo. Concordei, até aí eu realmente achava que todos os meus sintomas poderiam ser de estresse. 

Em casa, piorei. Coceira, marcas cada vez mais largas pelo corpo. E no dia seguinte o retorno ao medico. Os exames acusaram alergia forte a formigas e ácaros. E eu fiquei pensando nas formigas que recentemente invadiram meu quarto... Mas eu nunca fui picada por nenhuma, nenhuma vez. Meu colchão e cama já eram velhos, o que explicaria muito. Sai de lá e passei numa loja de colchões e camas. Mais feliz (e mais pobre), voltei para casa. E antes das 21h, o Felipe já estava comigo, cuidando de mim novamente. A cada 3h, ele fazia a mistura de pomada indicada pelo medico, me ajudava a passar no corpo, conversava comigo para que eu não surtasse e me ajudava a lembrar dos remédios. Não que eu precisasse de ajuda para lembrar de tomá-los, nesta situação, estava mais para ajuda para não tomar os remédios em demasia!!! Fico olhando no relógio num desespero só para saber se já posso tomar o próximo e estar mais perto de estar recuperada. 

Montamos tudo na sala, para me tirar do ambiente do quarto, onde eu teoricamente estava piorando. A cada dia, aparecia um novo sintoma. Mãos e pés extremamente inchados, doendo e vermelhos. Pernas com manchas roxas após eu andar, ficar de pé ou tomar banho. Pomada, remédios e muita paciência. Dor nas pernas. Preocupação e mais incomodo. E ele aqui comigo. Acho que nem soube como agradecer, como dizer que sem ele aqui eu não sei como estaria aguentando. Ele, que deixou seus problemas e preocupações de lado, para vir aqui e cuidar de mim. Até os gatos estão diferentes comigo. Sabem que não devem ficar em cima, como costumam ficar. Estão próximos, mas não estão grudados comigo. 

Amanhã mais medico, remédio. E mamãe. Ela vem aqui fazer companhia e ver como estou, enquanto eu espero que a semana passe logo, que eu fique boa e o Felipe possa vir novamente. E que no próximo encontro eu esteja 100%, para poder retribuir todo o cuidado das últimas semanas.

Comentários

  1. Nossa, que coisa chata. Se cuida e veja direitinho isso. Espero que você melhore logo e descansa! Bjs

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    Respostas
    1. Obrigada ^.^
      To tentando pensar positivo, pois acho que a mente tende a piorar as coisas com a preocupação, né? hehehe

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  2. Já melhorou? Espero que sim!
    Dureza viver assim...
    Bjs!

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  3. Nossa Nadja que horror isso, hein?
    Eu tenho alergia, mas é do frio. Chega até ser engraçado morando num país em que as temperaturas estão baixas na maior parte do ano rs. Mas é isso aí, bola pra frente.
    Espero que você esteja melhor e se cuidando direitinho. Dá notícias depois pra gente.
    Beijos.

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  4. Espero que esteja se sentindo melhor... se cuida.
    Abracos!

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